São Silvestre. A pior e a
melhor corrida de rua. Cerca de 30 mil
inscritos e vai saber quantos mil pipocas. Como correr com tanta gente?
Corredores fantasiados que do nada param na sua frente ao ver uma câmera.
Cadeiras de rodas adaptadas e não
adaptadas. Gente que não quer correr, só andar. Só estar fazendo parte da
festa. Ou você chega as 6 da manhã e pega um lugar na frente pra largar as 9 ou
então espera cerca de meia hora para conseguir sair do lugar e cruzar a
largada.
Mas como não amar essa bagunça
toda? Onde você encontraria tantas pessoas queridas, tantos amigos feitos ao
longo das corridas em pleno dia 31 de dezembro numa avenida com cerca de 50 mil
pessoas? Na São Silvestre. No passado consegui, no meio de toda essa bagunça,
encontrar uma amiga do serviço que não via a alguns anos e que estava morando
Curitiba.
Nesse clima de bagunça, festa e
confraternização foi disputada a 90ª edição da Corrida Internacional de São
Silvestre na mais paulista das avenidas. Uma manhã com céu ensolarado e temperatura
na casa dos 25°. Temperatura que já indicava como seria difícil essa corrida se fomos comparar com os últimos dias.
A retirada do kit com número de
peito, chip descartável, camiseta e brindes dos patrocinadores aconteceu nos
dias 27, 28, 29 e 30 no Ginásio do Ibirapuera. Fui retirar no primeiro dia e no
primeiro horário para evitar filas. Cheguei lá antes das 8:00 e uma boa
surpresa. O inicio que estava marcado para as 09:00 hs já havia começado. Não
levei nem 5 minutos para completar o processo.
Chegando em casa, a surpresa
negativa. Em vez de estar marcando São Silvestre o número de peito marcava
Volta Internacional da Pampulha. A justificativa dada pela YESCOM não me
convenceu muito mas... Mais a tarde vi alguns comentários a respeito e no
domingo chegou um email dizendo que a gente poderia ir aos postos trocar ou
correr com ele e depois receber pelo correio totalmente sem despesas outro
número de peito já corrigido para que é colecionador, como é o meu caso.
Cheguei na Paulista por volta das
7:00 hs. O ponto de encontro de quase todo mundo foi na frente do prédio da
Fiesp. Em vez de descer na estação Trianon-Masp, que é a mais próxima, eu desci
na estação Consolação. Percorri a Paulista tirando fotos e vendo toda a
movimentação. Pessoas se aquecendo, outras desfilando com suas fantasias,
algumas só observando aquele mar de gente e eu tirando fotos.
Nesse ano não corri com a
Klabhia. Dessa fez foi com outros amigos. E parece que era uma corrida nova
apesar do mesmo percurso, alterado um pedaço apenas no centro. “Enes” fatores
fazem com que isso acontece. No ano passado a tensão foi alta. A
responsabilidade de estar com portadores de deficiência faz com que você fique
atento a corrida toda. Sem essa preocupação você se diverte mais. Esse anos
corri com dois amigos das corridas, o Vagner e a Tatty.
A largada foi dada as 09 hs.
Primeiro a elite e depois aquele mar de gente. Em menos de 10 minutos já
passamos pela largada e começamos um leve trote. Alguns tentando acelerar e
quase passando por cima mas era muita gente. Após ok km 1 a primeira descida em
direção ao Pacaembu. Aqui os termômetros marcavam 25°C. Já deu para aumentar a
velocidade. No km 4 o primeiro posto de água, na Rua Margarida, e aí os
corredores diminuíram o ritmo para pegar água o que acabou causando um
congestionamento. Muitos corredores cortaram essa parte do percurso e emendaram
para o Viaduto Pacaembu.
Na Avenida Rudge já havíamos passado
o km 5. O mar de gente continuava uniforme. Alguns corredores tiveram que
passar para o outro lado da pista no corredor de ônibus tentando um pouco mais
de espaço. Para chegar até a Avenida Rio Branco um trecho de subida. A
temperatura já estava em 28°C e mais de 1 hora de corrida. Algumas pessoas
passando mal, sendo atendidas nos postos médicos.
No km 10 já estávamos no centro.
Nesse trecho, devido aos prédios, conseguimos um pouco de sombra. O que ajudou
a refrescar o calor. No km 13 chegamos na Brigadeiro e o pelotão de corredores
continuava uniforme. Mas conseguimos encontrar com o Cantor Corredor Luiz
França. Começamos a subida e ela é bem menos difícil do que falam. Quando
chegamos na Paulista a temperatura já estava acima dos 30°C e a chegada muito
próxima. Tava dando vontade de dar outra volta.
Completamos a prova em 2 horas e
8 minutos, sendo que tivemos que parar por 4 minutos para um dos membros do
grupo esvaziar a bexiga. Na chegada, uma longa área de dispersão mas muito
insistiam em parar por ali mas era muita gente que já tinha chegado e muita
gente ainda para chegar. Após abraços e uma caminhada, uma pequena fila para
pegar a medalha e um kit com alguns doces.
Falar da organização da prova é
complicado. Na entrega dos kits tinha vários postos de atendimento, mas houve problema
na impressão nos números de peito. Durante a corrida, quatros postos de água e
mais um de Gatorade e na chegada mais um posto de água. Em alguns havia água
gelada e em outros não. Alguns relatos de que não teve água para quem passou por
último. Na distribuição da medalha não notei nenhuma fila grande e teve um kit
com alguns doces, que é melhor do que nada mas pelo preço pago podia ter alguma
fruta ou lanche freio.
Veja no post abaixo o relato da prova do ano passado:
Veja no post abaixo o relato da prova do ano passado:
Nenhum comentário:
Postar um comentário