domingo, 4 de janeiro de 2015

90ª CORRIDA INTERNACIONAL DE SÃO SILVESTRE


São Silvestre. A pior e a melhor  corrida de rua. Cerca de 30 mil inscritos e vai saber quantos mil pipocas. Como correr com tanta gente? Corredores fantasiados que do nada param na sua frente ao ver uma câmera. Cadeiras de rodas adaptadas  e não adaptadas. Gente que não quer correr, só andar. Só estar fazendo parte da festa. Ou você chega as 6 da manhã e pega um lugar na frente pra largar as 9 ou então espera cerca de meia hora para conseguir sair do lugar e cruzar a largada.


Mas como não amar essa bagunça toda? Onde você encontraria tantas pessoas queridas, tantos amigos feitos ao longo das corridas em pleno dia 31 de dezembro numa avenida com cerca de 50 mil pessoas? Na São Silvestre. No passado consegui, no meio de toda essa bagunça, encontrar uma amiga do serviço que não via a alguns anos e que estava morando Curitiba.


Nesse clima de bagunça, festa e confraternização foi disputada a 90ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre na mais paulista das avenidas. Uma manhã com céu ensolarado e temperatura na casa dos 25°. Temperatura que já indicava como seria difícil essa corrida se fomos comparar com os últimos dias.


A retirada do kit com número de peito, chip descartável, camiseta e brindes dos patrocinadores aconteceu nos dias 27, 28, 29 e 30 no Ginásio do Ibirapuera. Fui retirar no primeiro dia e no primeiro horário para evitar filas. Cheguei lá antes das 8:00 e uma boa surpresa. O inicio que estava marcado para as 09:00 hs já havia começado. Não levei nem 5 minutos para completar o processo.


Chegando em casa, a surpresa negativa. Em vez de estar marcando São Silvestre o número de peito marcava Volta Internacional da Pampulha. A justificativa dada pela YESCOM não me convenceu muito mas... Mais a tarde vi alguns comentários a respeito e no domingo chegou um email dizendo que a gente poderia ir aos postos trocar ou correr com ele e depois receber pelo correio totalmente sem despesas outro número de peito já corrigido para que é colecionador, como é o meu caso.


Cheguei na Paulista por volta das 7:00 hs. O ponto de encontro de quase todo mundo foi na frente do prédio da Fiesp. Em vez de descer na estação Trianon-Masp, que é a mais próxima, eu desci na estação Consolação. Percorri a Paulista tirando fotos e vendo toda a movimentação. Pessoas se aquecendo, outras desfilando com suas fantasias, algumas só observando aquele mar de gente e eu tirando fotos.


Nesse ano não corri com a Klabhia. Dessa fez foi com outros amigos. E parece que era uma corrida nova apesar do mesmo percurso, alterado um pedaço apenas no centro. “Enes” fatores fazem com que isso acontece. No ano passado a tensão foi alta. A responsabilidade de estar com portadores de deficiência faz com que você fique atento a corrida toda. Sem essa preocupação você se diverte mais. Esse anos corri com dois amigos das corridas, o Vagner e a Tatty.


A largada foi dada as 09 hs. Primeiro a elite e depois aquele mar de gente. Em menos de 10 minutos já passamos pela largada e começamos um leve trote. Alguns tentando acelerar e quase passando por cima mas era muita gente. Após ok km 1 a primeira descida em direção ao Pacaembu. Aqui os termômetros marcavam 25°C. Já deu para aumentar a velocidade. No km 4 o primeiro posto de água, na Rua Margarida, e aí os corredores diminuíram o ritmo para pegar água o que acabou causando um congestionamento. Muitos corredores cortaram essa parte do percurso e emendaram para o Viaduto Pacaembu.


Na Avenida Rudge já havíamos passado o km 5. O mar de gente continuava uniforme. Alguns corredores tiveram que passar para o outro lado da pista no corredor de ônibus tentando um pouco mais de espaço. Para chegar até a Avenida Rio Branco um trecho de subida. A temperatura já estava em 28°C e mais de 1 hora de corrida. Algumas pessoas passando mal, sendo atendidas nos postos médicos.


No km 10 já estávamos no centro. Nesse trecho, devido aos prédios, conseguimos um pouco de sombra. O que ajudou a refrescar o calor. No km 13 chegamos na Brigadeiro e o pelotão de corredores continuava uniforme. Mas conseguimos encontrar com o Cantor Corredor Luiz França. Começamos a subida e ela é bem menos difícil do que falam. Quando chegamos na Paulista a temperatura já estava acima dos 30°C e a chegada muito próxima. Tava dando vontade de dar outra volta.


Completamos a prova em 2 horas e 8 minutos, sendo que tivemos que parar por 4 minutos para um dos membros do grupo esvaziar a bexiga. Na chegada, uma longa área de dispersão mas muito insistiam em parar por ali mas era muita gente que já tinha chegado e muita gente ainda para chegar. Após abraços e uma caminhada, uma pequena fila para pegar a medalha e um kit com alguns doces.


Falar da organização da prova é complicado. Na entrega dos kits tinha vários postos de atendimento, mas houve problema na impressão nos números de peito. Durante a corrida, quatros postos de água e mais um de Gatorade e na chegada mais um posto de água. Em alguns havia água gelada e em outros não. Alguns relatos de que não teve água para quem passou por último. Na distribuição da medalha não notei nenhuma fila grande e teve um kit com alguns doces, que é melhor do que nada mas pelo preço pago podia ter alguma fruta ou lanche freio.



Veja no post abaixo o relato da prova do ano passado:



Bom, último dia do ano mas não a última prova do ano. Mas isso é assunto para o próximo post.

















 

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